PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES UTILIZADAS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM, NO CONTEXTO BRASILEIRO, PARA O CONTROLE DA DOR - UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.64671/acta.v1i2.17Keywords:
Práticas Integrativas e Complementares, Dor, EnfermagemAbstract
Introdução: A dor é um sinal de alerta do corpo que indica a presença de alguma anormalidade e que pode se tornar uma condição debilitante. Com isso, a enfermagem, através da Práticas Integrativas e Complementares (PICs) busca fornecer meios alternativos e não convencionais de cuidado para auxiliar na recuperação do indivíduo. Objetivo: Conhecer as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) utilizadas pela equipe de enfermagem, atuante no Brasil, para o controle da dor de acordo com a literatura científica. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que teve como pergunta norteadora: “quais as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) utilizadas pela equipe de enfermagem, atuante no Brasil, para o controle da dor de acordo com a literatura científica?”. Foram realizadas buscas nas bases de dados BVS, SciELO, PubMed e Scopus utilizando os descritores “Terapias Complementares”, “Dor”, “Enfermagem” combinado com o operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos originais, publicados entre os anos de 2015 e 2024, nos idiomas língua portuguesa e disponíveis na íntegra. Resultados: Foram selecionados 12 artigos científicos nos quais indicavam que as práticas mais utilizadas são oriundas da acupuntura, sobretudo a auriculoterapia, que consiste na aplicação de agulhas ou sementes em regiões do corpo para regular e fornecer o equilíbrio energético. Ademais, notou-se que há maior surgimento de estudos a partir do ano de 2018, após atualização da Política Nacional das PICs e que as práticas estão concentradas principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A partir das revisões, notou-se que a utilização das PICs promovem analgesia e bem-estar, resultando na diminuição de dores crônicas e agudas, ansiedade, depressão, entre outros benefícios. Conclusão: A presente revisão evidenciou que as PICs vêm ganhando espaço expressivo no manejo da dor pela enfermagem no Brasil, especialmente a auriculoterapia, demonstrando sua aplicabilidade e acessibilidade em diversos contextos clínicos. Assegura-se que, mesmo com limitações, é imprescindível a ampliação da capacitação dos profissionais de enfermagem e o fortalecimento de políticas públicas que fomentem a equidade e a sistematização destas práticas.
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